quinta-feira, 29 de abril de 2010

Perdoando a urtiga!



Eu queria perdoar, mas quando me disseram que perdoar era esquecer eu não quis mais, depois me disseram que além de esquecer eu teria que voltar a conviver com a pessoa que me traiu, me humilhou, me trocou como se troca de calçada por causa de um mendigo pedinte...
Tentei fingir que tinha perdoado "ficar amigos sem rancor...", mas meu sangue é de gente e não de barata, é difícil ter que olhar nos olhos e fingir que nada aconteceu...
Mas como bom cristão tinha a obrigação de perdoar, de abrir os braços e voltar a conviver... Mas aprendi às duras penas que as pessoas não mudam, que o que faz parte de sua natureza mais dia menos dia volta à tona e ferroam de novo o pescoço de quem o ajudou a atravessar a lagoa.
Então o que fazer? Perdoar aquele ato em si? é pode ser, saber que o que a pessoa fez foi por causa de um instinto de sobrevivência, de auto-defesa... É, aquele deslize e aquele outro e aquele outro, a gente vai perdoando... até descobrir que a pessoa não tem jeito, que ela não vai mudar, que na próxima oportunidade ela te acertará.
Isso pode parecer trágico mas é nosso meio de defesa.
Então, perdoei sim, aquele ato (lembro que meu pai - Pr. Valdemar - sempre me dizia que se a gente se esbarra numa urtiga ela vai nos incomodar, nós a perdoamos, mas da próxima vez passemos distantes dela...), aquelas palavras, aqueles gestos, tudo pode acontecer de novo...
Uma zorra mesmo, porque esqueci das palavras do meu velho pai???

2 comentários:

Roberto - Espanha disse...

Sábias palavras!!!

Adriana disse...

Perdoar não é esquecer! Perdoar não é obrigatório! Perdoar tem que ser uma necessidade do ofendido!
Grande abraço,