quinta-feira, 15 de abril de 2010

Divagando no Divã: O culpado sou eu!

Sempre gostei das pessoas, esse tipo de gostar sem cobranças, apenas gostar, de saber que as pessoas foram feitas para serem amadas, respeitadas, queridas.
Sempre tive amigas, amigas aos montes, abrí-lhes minhas veias, meu coração, minhas tripas, tudo. Apenas para as que julguei mais importantes abri minha casa, minha familia, o convívio com meus filhos.
Essa atitude me rendeu várias traições, incompreensões, mesquinhez, coisas que me forçaram a descrer nos seres humanos, nas pessoas que amava e que queria ao meu lado.
Depois descobrí que o maior culpado seria eu… Mas como assim? culpado por ser transparente, por torcer pelas pessoas?
Não! isso não! Mas por fechar os olhos para suas mentiras, suas fraquezas, e ainda por cima achar isso bonito e admirável. Por ter amigas promíscuas e achar isso o máximo, ou saber que uma delas tinha sido desonesta e deixar que ela se divirta com isso… Culpado sim, por fazer com que acreditem que eu sou otário e creia nas suas mais absurdas histórias e ainda sair por aí espalhando como se fosse a maior verdade de todas. Culpado por me anular, me podar em nome de uma amizade puramente interesseira que nunca me levou e, eu sabia que não levaria a nada…
Sou sim, culpado por deixar a roldana de minha vida nas mãos de viciados irresponsáveis que deixam seus lares em busca de uma aventura regada de vinho e pinga barata, gente que marca seus corpos em nome de uma aposta idiota ou uma paixão esdrúxula e infantil, culpado por acreditar que o cão sem pernas poderia sair correndo por aí, ou que a galinha sem asas poderia voar.
Sei uma coisa, não gosto quando olho para trás e vejo meus passos misturados com alguns tão sujos. Eita, que se 
as pessoas não mudam, eu também não, então devo me trancar!

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