quinta-feira, 22 de abril de 2010

Deus Pai! Deus Teológico...

A fumaça do charuto ajudou a escurecer ainda mais a noite
Toquei as páginas amareladas da bíblia e orei
Minha súplica junto ao fumo, sacrifício, olhar perdido
Sonhei com a tão sonhada esperança
que tinha quando criança chorava no colo de meu pai
que com olhar perdido parecia estar distante de minha dor...

Abracei a fumaça e fui subindo também
lá do alto Petrolina e Juazeiro, tão siamesas
tão iguais e tão diferentes dormiam tranquilamente...

Vivi o labirinto e agora o decifro
e como Ícaro despenco da ilusão
e minhas asas frágeis como fumaça vaga
me abandonam, e não há esperanças para mim
a não ser a memória do colo de meu pai...

E Deus com sua mão teologicamente fria
me acena, ao invés de me segurar...

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