terça-feira, 5 de julho de 2011

O ÚLTIMO SONETO

O que há, entre meus ossos e eu
que não seja sua presença?
Esse vulto que ainda é meu
Que invadiu sem pedir licença...

Não, não farei de mim o abismo
Onde cairei arrastado pela dor
Que sob teu mais sincero cinismo
A esperança se transformou

Não mais verei teus olhos castanhos
Ou teus seios de tamanhos exatos
Nem te farei  mais versos estranhos

Não espero mais que me sintas
E que me tenha apenas no passado
Só espero que, como sempre, mintas

Um comentário:

Anônimo disse...

Soneto carregado de amor. Ou seria saudade de um amor que passou?