segunda-feira, 27 de junho de 2011

Insaudade...

Era-me impossível viver sem algo
que agora não está aqui
e que falta não me faz...

que o pouco que me matava a fome
hoje não me satisfaz
e as poucas palavras
não povoam mais meu dicionário
...
 o pouco que me destruía
me enganava, como quem me construía
falta não faz
fome não faz
...
daqui  do alto
despejo a razão
há em mim o desprezo
...
Ter sido o não escolhido
foi-me presente divino
...
Novo caminho
lógica, razão, futuro,
homem, mulher
desejo divino
filha de mãos macias
acariciando a calvície
...
para cada dia no calendário
um tanto assim de saudades
misturado com a incerteza
que não sei quem é quem
nessa folhinha de ilusões...

2 comentários:

Maria Souza disse...

Chegou a doer em mim, tamanha a intensidade de tuas palavras... Belíssimo!

Maria Souza disse...

Chegou a doer em mim, tamanha a intensidade de tuas palavras... Belíssimo!