O que há, entre meus ossos e eu
que não seja sua presença?
Esse vulto que ainda é meu
Que invadiu sem pedir licença...
Não, não farei de mim o abismo
Onde cairei arrastado pela dor
Que sob teu mais sincero cinismo
A esperança se transformou
Não mais verei teus olhos castanhos
Ou teus seios de tamanhos exatos
Nem te farei mais versos estranhos
Não espero mais que me sintas
E que me tenha apenas no passado
Só espero que, como sempre, mintas
Um comentário:
Soneto carregado de amor. Ou seria saudade de um amor que passou?
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