Por onde ando
poeira silenciosa
fabrico aos montes
sob meus pés rachados
terra nas vistas
me fazem chorar
corar as faces
nos fins de tardes
bodes e cabras
me enchem o terreiro e os peitos
meu amor na rede
me enche os olhos e a alma
agora que é madrugada
imagino cantigas
silenciosas
rachadas
coradas...
que antes do sol nascer
farei do negro pó
a fumaça do café no bule
como eu
silenciosa...
sumindo na memória
sem rastros...
Um comentário:
Como sempre, a melhor combinação entre o sentimento e a palavra.
Postar um comentário