num trem invisível
e levaste o gosto de teu corpo
encravado entre tuas pernas...
Levou-me tudo
as esperanças, os sonhos
e deu-me asas...
Sob a cama deixaste o amor
que ainda me absorve
e eu,
alado e sem forças
permaneço inquieto
lutando contra o que não existe
e esse gosto de areia de cemitério
em minha boca
e esses fantasmas loucos
me fazem esquecer que o que já foi já era
e não há mais nada
senão essa dor manca de ser eu
o menos conhecido de todos os solitários
nesse quarto de ilusão....
(David, maio de 2010)
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