sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

DEIXA ISSO PRÁ LÁ!

Demorei a entender o que vem a ser "...menos a Luiza, que está no Canadá", mas fui rápido quando me disseram que o Daniel estuprou uma menina, pois eu achei que falavam do meu Daniel Souza, e disse logo que ele não seria capaz disso, fui percebendo duas coisas: os que falam porque todos falam e os que falam porque os outros falam. Os dois lados criam a polêmica. Nessa era de coisas fúteis essas coisas têm que ser encaradas com naturalidade, não somos mais burros nem menos idiotas porque não gostamos ou gostamos de certas coisinhas, não podemos evoluir tanto, temos que voar sobre as merdas senão daqui a pouco criamos asas de verdade de alçamo vôo. Se uma frase esnobe num comercial, se um negro transa com uma branca, se a SOPA vai ou não ser aprovada, isso tudo é resultado de nós mesmos, do universo que estamos criando, da educação que estamos tendo e repassando. Daqui a pouco todos esquecem isso e lá vamos nós a procura de mais merdas para sobrevoarmos como se tudo fosse novo de novo.
Não vejo aflição, angústia, o que vejo são dois lados da mesma moeda, se a moça vira celebridade da noite pro dia ou se um cachorrinho é morto covardemente a pancadas isso deveria ser mais motivo de indignação do que polêmica da polêmica.
Não, não devemos parar, não devemos podar as pessoas de gostarem do que gostam, de falarem o que querem falar, minha indignação pode ser uma forma de censura branca, censura da qual eu tenho medo na TV, nos Jornais, na internet. Falo contra a censura mas estabeleço uma forma de censura quando chamo de idiotas quem diz a frase da tal Luiza, ou quem quer ter o direito do ouvir e cantar (aff até eu) "...ai se eu te pego...", bem como ver um programa que considero imbecil. Então tem gente que gosta e que ao meu lado fica quieto, não canta, não comenta, não diz a frase, porque no alto de minha pseudo inteligência eu a tolhi, fiz minha redoma de censura e criei um universo onde a Luiza, o Bial, o cachorrinho, não entram. Não entram por quê? Oras, porque a censura que tanto critico está em mim, na minha fala, na minha forma de me ver superior, que daqui do alto de onde só posso ouvir música boa, ler livros bons e ver filmes clássicos, como se isso me fizesse melhor que a menina da esquina apaixonada por um ícone da adolescencia de cabelos lisos ou um jogador com moicano de gosto duvidoso.
Que nada! cantem, falem! curtem, compartilhem, amem o óbvio, o passageiro, Mas por favor, deixem que eu lhe dê um conselho, um dia, ou em apenas um momento, se afaste dessas coisas, como se afastasse de um quadro para o verem melhor, se permita a crítica, e se depois disso se quiserem voltar, que voltem, que sejam felizes, engraçados, divertidos, vivam, simplesmente vivam. E nós, os caretas, nos manteremos afastados, também felizes e vivendo, desde que possamos conviver em harmonia, que assim caminha a Humanidade.
"Eu disse:
Deixa que digam
Que pensem, que falem
Deixa isso prá lá
Vem prá cá
O que é que tem?
Eu não tô fazendo nada
Você também
Faz mal bater um papo
Assim gostoso, com alguém?..."

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Big Brother Brasil Um Programa imbecil

Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.