sexta-feira, 30 de abril de 2010

Perdendo o Encanto...



Perdí o encanto. Era o que eu menos queria, ter perdido o encanto de sua beleza, de sua voz, de seu jeito...
Quando perde-se o encanto o mundo a volta fica momentaneamente vazio de cores, de músicas, de sentimento...
Quando perde-se o encanto tudo muda, as piadas sem graça não são tão mais engraçadas assim, a grosseria perde a poesia, os gestos e as palavras bruscas deixam de ser doces e suaves...
Não queria ter perdido o encanto nessa idade, é uma idade arriscada para perder o encanto. Nessa idade tudo que parecia óbvio deixa de sê-lo, inclusive a própria racionalidade...
Perdí tanto o encanto que a saudade também desapareceu, as boas lembranças parecem um frasco de perfume cheio e inodoro, estão lá, mas não fazem mais efeito...
Não queria ter perdido o encanto, junto com ele se foram alguns sonhos, algumas esperanças, alguns risos...
Na perda do encanto até a poesia se torna indecifravelmente sem beleza, sem razão, sem a leveza que costumava ter...
Quando se perde definitivamente o encanto, têm-se a sensação que perdeu-se também o tempo onde o encanto se estabeleceu...
Ando vazio, pois era o encanto que me preenchia, agora, sem o encanto dela, apenas ando em frente e a única coisa que sinto é o chão sob meus pés...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Perdoando a urtiga!



Eu queria perdoar, mas quando me disseram que perdoar era esquecer eu não quis mais, depois me disseram que além de esquecer eu teria que voltar a conviver com a pessoa que me traiu, me humilhou, me trocou como se troca de calçada por causa de um mendigo pedinte...
Tentei fingir que tinha perdoado "ficar amigos sem rancor...", mas meu sangue é de gente e não de barata, é difícil ter que olhar nos olhos e fingir que nada aconteceu...
Mas como bom cristão tinha a obrigação de perdoar, de abrir os braços e voltar a conviver... Mas aprendi às duras penas que as pessoas não mudam, que o que faz parte de sua natureza mais dia menos dia volta à tona e ferroam de novo o pescoço de quem o ajudou a atravessar a lagoa.
Então o que fazer? Perdoar aquele ato em si? é pode ser, saber que o que a pessoa fez foi por causa de um instinto de sobrevivência, de auto-defesa... É, aquele deslize e aquele outro e aquele outro, a gente vai perdoando... até descobrir que a pessoa não tem jeito, que ela não vai mudar, que na próxima oportunidade ela te acertará.
Isso pode parecer trágico mas é nosso meio de defesa.
Então, perdoei sim, aquele ato (lembro que meu pai - Pr. Valdemar - sempre me dizia que se a gente se esbarra numa urtiga ela vai nos incomodar, nós a perdoamos, mas da próxima vez passemos distantes dela...), aquelas palavras, aqueles gestos, tudo pode acontecer de novo...
Uma zorra mesmo, porque esqueci das palavras do meu velho pai???

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O peso que a gente leva..


Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?

As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?

Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.

É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.

Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.

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Por: Fábio de Melo (fabiodemelo.com.br - © 2003/2010 - todos os direitos reservados)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Deus Pai! Deus Teológico...

A fumaça do charuto ajudou a escurecer ainda mais a noite
Toquei as páginas amareladas da bíblia e orei
Minha súplica junto ao fumo, sacrifício, olhar perdido
Sonhei com a tão sonhada esperança
que tinha quando criança chorava no colo de meu pai
que com olhar perdido parecia estar distante de minha dor...

Abracei a fumaça e fui subindo também
lá do alto Petrolina e Juazeiro, tão siamesas
tão iguais e tão diferentes dormiam tranquilamente...

Vivi o labirinto e agora o decifro
e como Ícaro despenco da ilusão
e minhas asas frágeis como fumaça vaga
me abandonam, e não há esperanças para mim
a não ser a memória do colo de meu pai...

E Deus com sua mão teologicamente fria
me acena, ao invés de me segurar...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Riqueza


Arlindo entrou em casa sem falar com os meninos que estavam vendo "Todo Mundo Odeia o Cris", foi direto ao quarto, onde encontrou cama arrumada e os lençóis cheirando ao amaciante que ele tanto gosta, ouviu o barulho de panelas na cozinha, Alzira preparava a janta, qualquer coisa de deliciosa, pelo cheiro...
Ouviu Laika latir, deve ter sentido seu cheiro, era sempre assim.
Mais um dia de trabalho pesado, acordava sempre cedo para pegar o onibus da empresa que passava impreterivelmente as 5:30.
Ligou o pequeno aparelho de som e o cd do Louis Armstrong ainda estava lá. Há tres semanas que ouvia as mesmas músicas.
Alice chegou e como fazem as filhas de cabelos longos, deu-lhe um beijo de leve. Não abriu os olhos, sabia que não precisava, sentiu o cheiro bom de sabonete de lavanda e a leveza dos lábios da filha...
Tentou cochilar um pouco, lembrou da conversa que tivera com seu chefe, na verdade não foi nem uma conversa, foi uma agressão gratuíta por parte de Seu Oscar, homem grosso, cheio de preconceitos e de dinheiro, dentre as muitas coisas que ouvira, uma ainda ecoava sob seus ralos cabelos: "Você é só mais um desses caras que não têm nada na vida e nunca vão ter..." aquilo caiu-lhe como uma bola de ferro de 500 toneladas sobre sua cabeça. Foi obrigado a concordar, baixar a cabeça e sair da sala sem o aumento que julgava necessário...
Era mesmo um cara que não tinha nada...
Alzira cantava uma canção antiga com a mesmo voz que o encantou a 16 anos atrás no coral da Igreja...
Os dois meninos discutiam alguma coisa do último jogo do Santos...
Laika tinha parado de latir e parecia estar cuidando dos filhotes que nasceram a dois dias...
Após o banho, todos já os esperavam à mesa, os meninos falaram das boas notas, Alice de como tinha ficado lindo seu quarto após a pintura que todos tinham feito no ultimo fim de semana...
Olhou demoradamente para a familia enquanto Alzira colocava sopa em todos os pratos, fitou os dedos da esposa enquanto ela picava um pedaço de queijo coalho para colocar em seu prato, pois era assim que ele gostava...
Laika chegou à porta e olhou com carinho seu dono que permitiu sua entrada, afagou sua cabeça e mandou que voltasse...
Quem disse que ele não tinha nada, desconhece por completo a verdadeira riqueza...

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Baseado em:
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos."
William Shakespeare

domingo, 18 de abril de 2010

O Fato é III: The God Delusion


Por Donald Miller




Meu mais recente esforço de fé não é do tipo intelectual. Eu realmente não faço mais isso. Mais cedo ou mais tarde você simplesmente descobre que há alguns caras que não acreditam em Deus e podem provar que ele não existe e alguns outros caras que acreditam em Deus e podem provar que ele existe – e a esse ponto a discussão já deixou há muito de ser sobre Deus e passou a ser sobre quem é mais inteligente; honestamente, não estou interessado nisso.

Como os pingüins me ajudaram a entender Deus


Eu nunca gostei de jazz porque é impossível defini-lo. Mas, certa noite, eu estava do lado de fora do Bagdad Theater, em Portland, e vi um homem tocando saxofone. Fiquei parado ali durante 15 minutos e em nenhum momento ele abriu os olhos.
Depois disso, passei a gostar de jazz.
Algumas vezes você precisa ver alguém amar alguma coisa antes de você mesmo conseguir amá-la. É como se a pessoa estivesse mostrando o caminho.
Eu não costumava gostar de Deus porque Deus não pode ser definido
— mas só até que tudo isso acontecesse…

Assim começa o Livro “Como os pingüins me ajudaram a entender Deus”, de Donald Miller, vale a pena, vale muito a pena…

Clique aqui e leia o início, é rapidinho, são só pouquíssimas páginas de uma leveza que você só não vai gostar porque não é o livro todo.
Boa Viagem…

Voando alto!

Fonte: Revista CRISTIANISMO HOJE

Dizem que um homem pode ser medido pela grandiosidade dos seus sonhos. Se é mesmo assim, um seleto grupo de ministros do Evangelho anda sonhando alto – literalmente. Desde o ano passado, diversos pastores brasileiros andam cruzando os céus em aviões próprios, um luxo antes somente reservado a altos executivos, atletas milionários e sheiks do petróleo. A justificativa para as aquisições, algumas na faixa das dezenas de milhões de dólares, é quase sempre a mesma: a necessidade de maior autonomia e disponibilidade para realizar a obra de Deus, o que, no caso dos grandes líderes, demanda constantes deslocamentos pelo país e exterior a fim de dar conta de pregações e participações em palestras e eventos de todo tipo. Eles realmente estão voando alto.

O empresário e bispo Edir Macedo, dirigente da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) tem feito a ponte aérea Brasil – Estados Unidos a bordo de um confortável Global Express, avaliado no mercado aeronáutico por US$ 50 milhões (cerca de R$ 85 milhões). Para comparar, o preço é semelhante ao do Rafale, o caça-bombardeiro francês que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sonha comprar para as Forças Armadas brasileiras. Equipado com sala de estar, dois banheiros, minibar e lavabo, além de um confortável sofá, o jato permite deslocamentos dos mais confortáveis até os EUA, onde Macedo mantém residência, e tem autonomia suficiente para levá-lo à Europa ou à África. O Global, adquirido em setembro numa troca por um modelo mais antigo, veio juntar-se à frota da Alliance Jet, empresa integrada ao grupo Universal e que já possuía um Falcon 2000 e um Citation X, juntos avaliados em 40 milhões de dólares.

Edir Macedo justifica o uso de aviões particulares dizendo que precisa levar a Palavra de Deus pelas nações onde a igreja atua, que já são mais de 120, e também para evitar transtornos aos passageiros dos aviões comerciais, pois sua pessoa costuma atrair muita atenção da mídia. Pode haver também outros motivos. Foi em voos particulares que a Polícia Federal descobriu, em 2005, que deputados e empresários ligados à Iurd transportavam dinheiro em espécie, no episódio que ficou conhecido como o caso das malas. Os valores, explicou a igreja na época, teriam sido arrecadados nos cultos e eram transportados dessa maneira por questão de segurança e praticidade até São Paulo e Rio de Janeiro, onde a denominação tem sua administração.

Já o missionário R.R.Soares, mais discreto que o cunhado Macedo, não fez alarde da aquisição do turboélice King Air 350, em novembro, fato noticiado pela revista Veja.. Avaliado em cerca de R$ 9 milhões, a aeronave transporta oito passageiros. Como tem uma agenda das mais apertadas, Soares viaja praticamente toda semana pelos mais de mil templos que sua Igreja Internacional da Graça de Deus tem no país, além de realizar cruzadas e gravar programas diários para a TV. Ele realmente tem pensado alto: a igreja também mantém parceria com a empresa de aviação Ocean Air, através da qual um percentual sobre cada passagem comprada por um membro da Graça reverte para a denominação.

“Conquista” – O que chama a atenção no aeroclube dos pastores são as justificativas espirituais para a compra das aeronaves. Renê Terra Nova, apóstolo do Ministério Internacional da Restauração em Manaus (AM) e um dos grandes divulgadores do movimento G12 no Brasil, conta que o seu Falcon é fruto de profecias de grandes homens de Deus como o pastor e conferencista americano Mike Murdock. Em abril de 2009, durante um evento em que ambos estavam, Murdock incentivou uma campanha de doações a fim de que Terra Nova pudesse realizar seu “sonho”. Após chamar Terra Nova à frente, ele mesmo anunciou que ofertaria R$ 10 mil reais, atitude logo seguida por dezenas de pessoas. O avião foi comprado em julho. Dizendo-se “constrangido” com a atitude, Terra Nova admitiu que aquele era seu desejo e que se submetia ao que considerava a vontade de Deus. “O Senhor é testemunha que este avião não é para vaidade, mas para estimular que outros ministérios a que também tenham aviões e, juntos, possamos voar para as nações da terra, pregando o evangelho de Jesus. Assim está estabelecido”, diz o líder em seu site.

“Conquista” e “resultado da fé” também foram as expressões usadas pelo pastor Samuel Câmara, da Assembleia de Deus de São José dos Campos (SP), para comemorar a compra de seu King Air C90, de quatro lugares. O religioso, que durante anos liderou a Assembleia de Deus em Belém (PA) – onde montou a Rede Boas Novas, conglomerado de rádio e TV que cobre vinte estados brasileiros –, se diz muito grato a Deus pela bênção, avaliada em R$ 8,5 milhões. Ele espera juntar-se a outros líderes para montar “uma esquadrilha de aviões para tocar o mundo todo”. Ano passado, Câmara também esteve no noticiário pelas denúncias que fez contra supostas irregularidades nas eleições para a presidência da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB).

Mas a aquisição aérea que mais chamou a atenção, dentro e fora do meio evangélico, foi concretizada pelo famoso pastor e apresentador de TV Silas Malafaia, da Assembleia de Deus da Penha, no Rio. Possuir uma aeronave própria era um objetivo anunciado pelo líder já há algum tempo, inclusive em seu programa Vitória em Cristo, um dos campeões de audiência na telinha evangélica. Além dos insistentes pedidos por ofertas para manter-se no ar, Malafaia constantemente tocava no assunto avião em suas falas. O empurrão que faltava foi dado pelo pastor americano Morris Cerullo, outro profeta da prosperidade proprietário de um luxuoso Gulstream G4. Num dos programas, levado ao ar em agosto, Cerullo admoestou os telespectadores a desafiar a crise global e participar de uma campanha de doações ao colega brasileiro – um chamado “desafio profético”, no valor de 900 reais, estipulado graças a uma curiosa aritmética que associava a cifra ao ano de 2009.

Aparentemente surpreso, Silas Malafaia assentiu com o pedido. Não se sabe quanto foi arrecadado a partir dali, mas o fato é que em dezembro o pastor anunciou que o negócio foi fechado por cerca de US$ 12 milhões, cerca de 19 milhões de reais. Trata-se de um jato executivo modelo Cessna com pouco uso. Um “negócio espetacular”, na descrição do próprio. Bastante combatido pela maneira ostensiva com que pede ofertas para seu ministério, o pastor Malafaia, que dirige também a Editora Central Gospel, recorre à consagrada oratória para se defender: “Quem critica não faz nada. Você conhece alguma coisa que algum crítico construiu? Crítico é um recalcado com o sucesso da obra alheia.”

O Fato é II:

O fato é:

Livre e Grátis


Não há como não parar prá pensar nisso:
O tempo vai passando e você percebe que ser gentil, educado, civilizado não é nada demais e nem prova que você é um retardado porque pára na faixa, abre porta para a mulher que tá entrando, ajuda um estranho a carregar umas caixas, ajuda um coitado a empurrar um carro.
Tem gente que acha um absurdo quando você se incomoda porque um folgado pára com numa fila dupla fica batendo papo com uma pessoa como se fosse dono da rua.
Acho que isso pode ser uma coisa de berço: "RESPEITO AOS OUTROS", às leis, às normas de uma sociedade civilizada.
Fica difícil você querer ser respeitado nas suas diferenças se não consegue respeitar os outros nas suas "igualdades".
Vejo algumas pessoas gritando por causa da corrupção dos políticos enquanto furam a fila do pão, ou estacionam na vaga de idosos...
Uns gritam por direitos iguais, enquanto fazem dessa desigualdade uma arrogância que parecem sentar-se ao lado dos deuses no Olimpo...
A vida é calma quando a gente sabe que o respeito é uma questão mais de princípios do que medo de ser punido pela lei ou pelas forças da natureza...
Boa semana!

Cuidado com a Bebida


A bebida pode trazer várias desgraças na sua vida, e quando você menos espera pode se dar mal.

ADEUS MAMÃE!

Estava fazendo compras no EXTRA SUPERMERCADOS, uma velhinha me seguia pelas
gôndolas, sempre sorrindo.
Eu parava para pegar algum produto, ela parava e sorria: uma graça a
velhinha!
Já na fila do caixa, ela estava na minha frente com seu carrinho abarrotado,
sorrindo:
- Espero não tê-lo incomodado, mas você se parece muito com meu falecido
filho...

Com um nó na garganta, respondi não haver problema, tudo estava bem..
- Posso lhe pedir algo incomum? disse-me a senhora idosa.
- Sim. Se eu puder lhe ajudar...
- Você pode se despedir de mim dizendo "Adeus, mamãe, nos vemos depois" ?
Assim dizia meu filho querido... ficarei muito feliz!
- Claro senhora, não há nenhum problema, disse eu para alegria da velhinha.
A velhinha passou a caixa registradora, se voltou sorrindo e, agitando sua
mão, disse:
- ADEUS filho...

Cheio de amor e ternura, lhe respondi efusivamente:
- ADEUS mamãe, nos vemos depois?
- Sim... nos vemos depois querido!

Contente e satisfeito com o pouco de alegria dado à velhinha, passei minhas
compras.
- R$ 554,00, diz a moça do caixa.
- Tá louca? Dois sabonetes e duas pilhas?
- Mas as compras da sua mãe..... ela disse que você pagaria!!!!! 

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Enviado por uma amiga para: david_almsouza@hotmail.com

sábado, 17 de abril de 2010

Igual a Deus...

"Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal"

Me perguntaram por que saí da Instituição chamada igreja...
Pensei, pensei... era preciso mesmo ter uma razão? Eu puramente não poderia ter saído simplesmente por sair, como mudar de um canal de tv, ou simplesmente adiantar uma música no Player? Não? e por que não?
Ora, poderia ser muita coisa, inclusive nada.
Bem que nunca fui religioso(apesar de ser Cristão), mas também não era isso...
Seria porque via o sofrimento dos pastores (dentre eles o Pr. Valdemar, meu pai), enquanto eles velavam pelas almas, essas mesmas almas os devoravam entre grandes goles de café nas casas dos diáconos?
Ummmmm... poderia ser...
Mas eu acho que foi a serpente! Isso foi a serpente! Ela está lá, fazendo com que muitos pensem que são iguais a "ELE".
E "iguais a ELE", "sabedores do bem e do mal". São os principais juízes de tudo que os outros fazem.
Como isso é tentador, pulei fora mano, vai que o veneno me contamina...







História de um fazendeiro



Por   PAULO BRABO


Certo fazendeiro tinha dois filhos. Um dia o filho mais novo pediu ao pai a sua parte da herança, e dias depois recebeu dele o equivalente a metade do seu patrimônio. De posse do dinheiro, o rapaz partiu para uma terra distante, onde investiu todo o seu capital, aplicando-o criteriosamente em investimentos de baixo risco e elevado retorno. Em pouco tempo havia duplicado o seu patrimônio e vivia confortavelmente.
O filho mais velho, que trabalhava no campo, ficou sabendo da prosperidade do irmão e também exigiu do pai a sua parte da herança; em seguida partiu para outra terra distante, onde também enriqueceu.
Houve então uma grande fome naquela terra. Tendo dissipado tudo, o fazendeiro começou a passar necessidade. Sendo de idade avançada e sem forças para trabalhar, pediu aos vizinhos que lhe deixassem encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Caindo em si, o homem disse:
– Quantos empregados dos meus filhos têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Vou ao encontro deles, e direi: “Meus filhos, estou sozinho e não tenho mais como me sustentar; tratem-me como um dos seus empregados”.
E saiu pelo caminho, decidido a encontrar em algum lugar um abraço. Em poucos dias estava morto, e não reviveu; estava perdido, e não foi achado.

O trágico e o lúdico


Por Ricardo Gondim

Rir e chorar dependem do lado para que se olha. Ali na frente, poças lodocentas deslustram a alma. Aqui perto, o vôo irreverente dos pardais desenrugam os lábios para que se abra um largo sorriso. Basta ver a sorte inclemente dos miseráveis para perder o sono. Não é fácil conviver com a desigualdade social que rouba sonhos, tormenta, mata. Mas alegria explode no vértice do sofrimento; bastam o abraço despretensioso do neto, a alegria do casal que adotou, o zelo resiliente da mãe do filho com paralisia cerebral e o trabalho anônimo do voluntário.
Rir e chorar dependem do caminho que se escolheu na esquina deserta. Estradas largas levam ao calabouço. Atalhos despencam em abismos. Avenidas não passam de passarelas para o inferno. Trilhas inóspitas, virgens, são fascinantes. Quanta alegria na aventura de desbravar fronteiras. A felicidade mora alguns centímetros depois da linha do horizonte. Arriscar é tonificante. Fracassar, triunfar, instigar e suplantar-se transformam o tédio em disposição.
Rir e chorar dependem das expectativas que enlaçam a alma. Ilusões implausíveis exaurem, fatigam, esfolam. Promessas irreais, mentirosas, entorpecem como morfina. Ufanismos terminam em ressaca. Coragem de encarar a existência sem quimera, sem negação, sem fuga, produz um júbilo diferente.
Rir e chorar são duas faces no baralho da vida.
Rio e choro sem culpa, a vida é ao mesmo tempo trágica e lúdica.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Cabana

(...) Todo o mal decorre da independência e a independência foi a escolha que vocês fizeram. Se fosse simples anular todas as escolhas de independência, o mundo que você conhece deixaria de existir e o amor não teria significado. O mundo não é um playground onde eu mantenho todos os meus filhos livres do mal. O mal é o caos, mas não terá a palavra final. Agora ele toca todos que eu amo, os que me seguem e os que não me seguem. Se eu eliminar as consequências das escolhas das pessoas, destruo a possibilidade do amor. O amor forçado não é o amor.
(Do Livro A CABANA de William P. Young)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mais Branco impossível



Não adianta lavar e alvejar aquela camiseta branca que ela não ficará tão branca quanto as asas de besouro Cyphochilus – nem a folha de papel mais branca chega pero de tanta brancura. No início de 2007, um grupo de pesquisadores ingleses descobriu que a carapaça desse minúsculo besouro pode ser a estrutura com o branco mais brilhante da natureza. Eles estão gastando dinheiro e tempo para imitar essa característica do Cyphochiluscom o objetivo de dar mais brancura a papéis e tintas.

No caso do branco do papel, ele é obtido com a adição de minerais como o carbonato de cálcio e o caulim. Mas, para atingir a mesma brancura das asas do Cyphochilus, seria necessária uma camada desses minerais duas vezes mais grossa. Se o besouro dependesse disso, teria asas muito pesadas e dificuldade para voar. Então, como ele voa com asas tão brancas e leves? Já vamos entender.

O corpo, a cabeça e as pernas do besouro são cobertos por longas escamas com estruturas internas 3-D altamente aleatórias (não organizadas). São essas irregularidades e o espaçamento entre elas que dispersam de forma tão eficiente todos os comprimentos de onda da luz, dando ao Cyphochilus o seu branco imbatível.

Os pesquisadores da Universidade Exeter, em colaboração com os engenheiros da mineradora Imerys, desenvolveram um técnica para moer os minerais até conseguir nanopartículas com o balanço adequado entre tamanho, densidade e separação entre as partículas. Depois de aplicadas sobre a massa de celulose, as nanopartículas reproduzem de maneira aproximada a aleatoriedade presente nas escamas do besouro e produzem um branco mais intenso do que o obtido com o caulim.

É mais uma amostra do que se pode obter ao imitar o design inteligente da natureza.

Michelson Borges - Criacionismo.com

As Pessoas Não mudam

Lí um Post do Pastor Ed René (que o João Helder me mandou) sobre a impossibilidade das pessoas mudarem, onde ele faz um comentário sobre o livro de Po Bronson, ( O que devo fazer da minha vida? – Editora Nova Fronteira – onde relata quarenta histórias tiradas de 900 entrevistas com gente de tudo que é tipo) e diz mais o Pastor Ed:
“Sou tentado a concordar. Ao longo de mais de 20 anos de atividade pastoral, vi muito pouca gente mudando de verdade. Mudanças cosméticas, apenas comportamentais, vi aos montes – mas estruturais, foram poucas. As pessoas tendem a ser o mesmo que sempre foram: os tímidos continuam tímidos, os eufóricos permanecem eufóricos, as mulheres dominadoras seguem dominando, os maridos passivos continuam no cabresto, os trabalhadores continuam trabalhando, o hipocondríacos continuam lendo bulas e por aí vai. Freud explica. Literalmente"
Concordo, e ainda mais, as pessoas serão sempre o que sempre foram mesmo que isso lhes tragam consequencias absurdas, lembram daquele pedreiro o Admar? que cumpria pena no Distrito Federal por pedofilia. Havia sido condenado a 14 anos de prisão em 2005, mas desde 23 de dezembro de 2009 obteve o benefício do regime semiaberto. Ficou atrás das grades por apenas 4 anos e que no dia 30 de dezembro assassinou o primeiro dos 06 meninos de Luziania? (Lei mais).
Os outros não mudam, nós também não, se você é infiel será sempre, se é violento, desonesto, crápula, essas coisas, será sempre e sempre e sempre.
Se você lutar contra isso será uma luta inglóra, sempre perderá.
Você não pode mudar ou seja, você não pode deixar de ser você…
Segundo o Ed René:
” …mudanças de que fala o Evangelho não são necessariamente estruturais, na personalidade ou na índole das pessoas, mas em seus valores, seus amores, e portanto, seus objetos de devoção”
Podemos aprender com nossos erros, com os narizes quebrados, mas seremos sempre capazes de empurrar a cara na parede…
Podemos aprender, crescer, melhorar, mas desde que isso inclua a necessidade de impressionar outra pessoa, podemos ser honestos, fiéis, incorruptível, mas desde que seja por outra pessoa, não por nós mesmos.
Apois amiga, aquele seu namorado violento terá grandes opções de ser um marido violento e te encher de porrada mais dia menos dia… Pode até ser que aquele calminho um dia lhe estoure e cara, mas não faz parte de sua índole, pode ser uma coisa momentânea, uma loucura passageira…
Pode ser que sua infidelidade nunca aconteça com seu namorado atual, mas você será uma pseudo-fiel, não que você tenha mudado, mas aprendeu que a traição não vale pena (aí será uma infiel fiel, nao a você nem aos seus princípios, mas ao medo das consequencias…)
Enfim, a gente não muda, e acreditar nisso é o primeiro passo para aprendermos a conviver com nossas limitações, nossos pecados e nossas neuras.
Em resumo: se você é corrupto e isso lhe incomoda, melhor não entrar em situações que lhe permitam ser. Isso vale para todas as outras coisas (Ex.: se seu namorado tem um histórico de infidelidade evite lhe dar um “vale night” para ir para Spring break encher o tolé de Tequila.

O máximo que podemos fazer é trancar o monstrengo e esperar que quando ele se solte, não tenha ninguém por perto, porque isso, mais dia menos dia, vai acontecer…



Bidu Sayão – Bachiana nº 5 – Cantilena

Com essa chuvinha fina, uns biscoitos de polvilho e um café forte, nada melhor que ouvir uma das músicas mais lindas do mundo…
Ária (Nuvem rósea)
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d’alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada em tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza…
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!

Migalhas?


Um pouco dos pensamentos que me urinam os piolhos nessa hora da madrugada:
Nos dão migalhas algumas pessoas:
Amigos quando sobrar um tempinho passam em casa…
Chefe se sobrar grana dá um bônus
Filhos se os colegas não estiverem olhando um beijo…
Aquela menina se não encontrar ninguem melhor pode até dizer “sim”
Se tiver bônus prá OI aquela amiga liga antes que expirem…
Sei não viu véi…
Nos deem migalhas, mas pelo menos que sejam de pão fresco…

Divagando no Divã: O culpado sou eu!

Sempre gostei das pessoas, esse tipo de gostar sem cobranças, apenas gostar, de saber que as pessoas foram feitas para serem amadas, respeitadas, queridas.
Sempre tive amigas, amigas aos montes, abrí-lhes minhas veias, meu coração, minhas tripas, tudo. Apenas para as que julguei mais importantes abri minha casa, minha familia, o convívio com meus filhos.
Essa atitude me rendeu várias traições, incompreensões, mesquinhez, coisas que me forçaram a descrer nos seres humanos, nas pessoas que amava e que queria ao meu lado.
Depois descobrí que o maior culpado seria eu… Mas como assim? culpado por ser transparente, por torcer pelas pessoas?
Não! isso não! Mas por fechar os olhos para suas mentiras, suas fraquezas, e ainda por cima achar isso bonito e admirável. Por ter amigas promíscuas e achar isso o máximo, ou saber que uma delas tinha sido desonesta e deixar que ela se divirta com isso… Culpado sim, por fazer com que acreditem que eu sou otário e creia nas suas mais absurdas histórias e ainda sair por aí espalhando como se fosse a maior verdade de todas. Culpado por me anular, me podar em nome de uma amizade puramente interesseira que nunca me levou e, eu sabia que não levaria a nada…
Sou sim, culpado por deixar a roldana de minha vida nas mãos de viciados irresponsáveis que deixam seus lares em busca de uma aventura regada de vinho e pinga barata, gente que marca seus corpos em nome de uma aposta idiota ou uma paixão esdrúxula e infantil, culpado por acreditar que o cão sem pernas poderia sair correndo por aí, ou que a galinha sem asas poderia voar.
Sei uma coisa, não gosto quando olho para trás e vejo meus passos misturados com alguns tão sujos. Eita, que se 
as pessoas não mudam, eu também não, então devo me trancar!